Vermelho e amargo

(Foto por ud835ude4aud835ude4eud835ude51ud835ude3cud835ude47ud835ude3fud835ude4a ud835ude4dud835ude4aud835ude48ud835ude44ud835ude4fud835ude4a em Pexels.com.)

Depois de toda a publicidade negativa dos últimos dias, além das piadas inevitáveis, talvez os apreciadores daquela bebida vermelha e amarga comecem a chamá-la pelo verdadeiro nome: BÍTER (do alemão Bitter). Será uma forma de evitar o estigma que começa a se colar em quem a bebe.

— Vou tomar uma cerveja! E você?
— Obrigado, mas já estou tomando um bíter com gelo…

#Campari não é a única marca de bíter, mas ocorre com Campari o mesmo que se dá com Cinzano (vermute tinto), Martini (vermute branco), Amarula (licor de marula), Underberg (fernet), São João da Barra (conhaque de alcatrão) e outras bebidas, além de Bombril (esponja de aço), Band-Aid (curativo), Gilette (lâmina descartável de barbear), Suggar (depurador de ar de cozinha), Q-Boa e Cândida (água sanitária)…

São muitos os casos de marcas cujos nomes se tornaram sinônimos dos próprios produtos, devido a seu pioneirismo ou qualidade reconhecida, mas isso tem também suas desvantagens.

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More than a feeling [Boston]

Um clássico de 1976: Boston, “More than a feeling”. Os vocais de Bradley Delp são sensacionais, antológicos.
O trecho que vai dos 37″ até 1’22”, e se repete a partir de 2’35”, é o ápice da canção. É de arrepiar!
Uma das coisas de que gosto neste vídeo do Boston é que os músicos, do vocalista ao baterista, parecem estar curtindo muito, desfrutando o momento, além de satisfeitos com o resultado do que estão fazendo. Isso para mim é bem visível.
É claro que outros artistas e grupos, em suas apresentações, sentem e aparentam o mesmo, mas este vídeo do Boston me chama a atenção também para isso.
Sem dúvida é um clássico do rock.

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E-sports

(Imagem: WordPress.)

Numa realidade alternativa, os jogos eletrônicos ou “e-sports” são os mais populares em todo o mundo, estando presentes nas Olimpíadas e tendo como evento máximo a Copa do Mundo da FIESA (Fédération Internationale de E-Sports Association).
Nessa realidade, o jogador mais famoso de “e-sports”, aclamado como Rei dos “E-Sports” e Atleta do Século, foi um brasileiro com apelido de Pelé.

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Boca-livre

(Foto: WordPress.)

Chega de fascismo alimentar!
Deixem o povo pôr catchup na pizza, quebrar o espaguete antes de pô-lo na panela, combinar sushi com feijoada, fazer temaki de queijo com goiabada e esfihas doces ou de mortadela, pôr pimenta no sorvete e mirtilo na cachaça.
Deixem as pessoas usar quaisquer ingredientes à vontade, alterando receitas seculares, combinando-as e criando outras.
Deixem o pessoal adubar o hot dog com milho, repolho e batata-palha, e deixem os gringos rechear o pão de queijo com molho barbecue.
Comida também é cultura, e cultura se transforma, se difunde, se imita, se transfere, se herda, se admira ou se repele, se perde e se (re)cria… Cultura não tem dono.
E, por favor, não me olhem torto quando me virem tomando açaí com granola e banana!

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Fantasias canceladas

Clóvis Bornay com uma de suas célebres e inigualáveis fantasias. (Foto: Reprodução do Gay Blog.)

Homens que se vestem de mulher no Carnaval estão sendo criticados e “cancelados”. Diz-se que tais fantasias sao ofensivas a travestis.
Hmmmm… Aham… Sei.
Considerando-se a condição das odaliscas dos haréns do Império Otomano, creio que fantasiar-se de odalisca também não seja de bom tom — viu, @CarlaPerezCPX? Nem de gueixa. Ou de bruxa. Ou de chinesa da dinastia Song.
Certo estava Clóvis Bornay (1916-2005), que todos os anos vencia concursos com fantasias exuberantes e extravagantes com nomes do tipo “Sonho do Pavão Misterioso numa Noite de Verão na Ilha do Paraíso”, que não faziam referência a nada conhecido e não podiam ser acusadas de apropriação cultural ou ofensa a grupos minoritários.
Bom, talvez fossem ofensivas às aves que perdiam suas penas para essas fantasias. Mas ninguém é perfeito…
O sonho não acabou, mas parece que a fantasia sim.
Lamento pelos brincantes, foliões, curtidores, carnavalescos e todos os que lotam os salões ou vão atrás do trio elétrico. Logo, fantasiar-se do que quer que seja não lhes pertencerá mais.

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A ponta feia da Dutra

Há alguns dias, alguém disse no Twitter, comparando os folguedos de Carnaval no Rio de Janeiro e em São Paulo, que “o Rio tem cultura de Carnaval, São Paulo tem apropriação cultural”. Aliás, é uma droga que o estado e sua capital tenham o mesmo nome, pois nunca se sabe se os caras se referem a um ou à outra, e talvez nem eles mesmos saibam ou causem confusão de propósito. Fingem-se de sonsos.
Descobri ali no Twitter por que não gosto de Carnaval: sou paulistano e não vejo o Carnaval como algo típico da cidade de São Paulo, por isso nunca gostei dele. Foi apropriado culturalmente, logo não é nosso. Taí. Valeu!
(Bom… Eu desfilei num bloquinho ou bloco do meu bairro em 1991; mas, em minha defesa, foi porque eu e alguns colegas estávamos paquerando umas garotas que desfilaram também. Não deu em nada. Fiquei a ver navios. Só perdi meu tempo e me cansei. Não digo que me arrependi, pois foi uma experiência interessante, que não mais repeti nem o pretendo fazer.)
Mas isso é apenas uma opinião minha, que alguns tomarão por tosca. Tô nem aí. Não sou contra o Carnaval, apenas não o pulo/brinco/curto/desfruto (escolham o verbo que quiserem conforme seus locais de origem).
Agora, na Folha de S. Paulo, um cavalheiro se refere a São Paulo como “a ponta feia da Dutra”; para completar, comete preconceito linguístico ao criticar o uso do termo “bloquinho”, usual em SP, dizendo que ele não se pode aplicar ou usar no RJ, pois ali não há bloquinhos, há apenas blocos.
O mais espantoso é que um Marcos Bagno não aparece numa hora como esta para dar um pito nos glossofóbicos de plantão. Parece que, se é contra SP, preconceitos linguísticos e outros estão liberados: se é a principal, a mais importante, a mais rica cidade do Brasil, pode-se malhar à vontade! Tá liberado!
Mas experimente algum paulista dizer que em São Paulo não existem biscoitos, apenas bolachas…


https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/carnaval/2023/02/bloquinhos-nao-passarao.shtml

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