Todo mundo odeia o Chris…

(Foto: WordPress.)

Só um tapinha não dói… Ai! Dói, sim!
Numa realidade alternativa, durante a cerimônia do Oscar de 2022, quem deu um tapa em Chris Rock foi Tom Hanks, que não gostou nadinha da piada que Rock fez sobre a atriz Rita Wilson, esposa de Hanks.
Imaginem só: um branco dando um tapa na cara de um negro em pleno palco do Oscar. Inaceitável! Um absurdo!
Aí sim a repercussão do tabefe mais famoso da história da Academia de Cinema de Hollywood seria da pesada! E, naquela realidade alternativa, foi mesmo…

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Da Baleia ao Rei do Crime

Estão dizendo que o filme “A Baleia” (The Whale, EUA, 2022), dirigido por Darren Aronofsky e estrelado por Brandon Fraser, é gordofóbico, pois mostra a personagem principal de forma negativa. Será?
Não sei dizer, pois ainda não vi o filme. Mas, a julgar por comentários e resenhas que li, tais críticas não têm fundamento e resultam da visão equivocada de que pessoas pertencentes a grupos minoritários são essencialmente boas. É a nova versão do mito do bom selvagem.
O filme mostra um homem obeso, que sofre pelo peso excessivo; mas, como todo ser humano, ele é uma pessoa com suas facetas positivas e negativas, além das inevitáveis idiossincrasias que cada um tem. O que há de anormal nisso? Isso é motivo para que o filme seja considerado gordofóbico?
Ninguém é necessariamente bom por ser gordo, negro, mulher, LGBT etc., nem mau por ser magro, branco, homem, hétero…
Mas… E o tal Rei do Crime?
Wilson Fisk, conhecido como Rei do Crime (nome original: “Kingpin”) é uma personagem das histórias em quadrinhos da Marvel Comics. É um homem careca e muito gordo, imenso como um lutador de sumô, o que não o impede de ser extremamente forte e ágil; alia-se a isto sua grande inteligência, com que controla o crime na cidade de Nova Iorque. Costuma ser combatido por Homem-Aranha, Justiceiro e Demolidor, este o seu maior inimigo. O embate do criminoso Wilson “Rei do Crime” Fisk contra o Demolidor rendeu uma série de HQs na década de 1980: “A Queda de Murdock”, escrita e desenhada por Frank Miller e tida como um clássico do gênero.
Aguardemos os próximos filmes da Marvel para ver se aparecerá em algum deles o Rei do Crime.
Se ele aparecer, e se não for toscamente emagrecido por qualquer motivo, com certeza poderá haver duas formas de recepção negativa à constituição dessa personagem no filme (por quem não a conhece, obviamente): ou se reclamará de que o vilão é gordo (pois, afinal, um gordo não pode ser mau), ou se justificará seu comportamento criminoso como uma reação natural e compreensível à opressão social que sofre por ser gordo.
A ver.
Beijo do gordo! 😘

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Vislumbres do Futuro #1

Ano 2107. Em cerimônia concorridíssima e cheia de celebridades de todo o mundo, realizada como sempre em sua sede em Pequim, a Academia Chinesa de Cinema concede o Dragão de Ouro de Melhor Filme a “O Lótus Rubramarelo”, produção sino-brasileira sobre a vida do escritor brasileiro de origem chinesa Wang Li da Silva, vencedor do Nobel de Literatura de 2091.

Asterix, Obelix e os franceses

“Lá vem a romana legião!”

Assistindo ao filme “Asterix e Obelix a serviço de Sua Majestade” (Astérix et Obélix: au service de Sa Majesté. França, 2012), lembrei-me das aulas de linguística e semiótica do saudoso professor Cidmar Teodoro Pais (1940-2009) na FFLCH da USP.

Dizia ele que as historinhas de Asterix não são simples histórias em quadrinhos, mas uma metáfora da França atual, com seus problemas, medos, preconceitos e mitos.

Se non è vero, è ben trovato.

Santarém, Pará, 6/3/2014. Editado em 18/9/2015.